Nos anos 60, em São Paulo, um dos locais preferidos da boemia paulistana ficava ali na Av. São Luis. Era a Galeria Metrópole, o lugar onde se concentrava a grande maioria de casas noturnas, ambientes de todos os tipos, para todos os gostos. A maior concentração de casas e, consequentemente, de pessoas era no subsolo, onde toda a volta da galeria era uma casa pegada a outra.
Na Metrópole, o forte mesmo eram os barzinhos. Havia pelo menos uns 25. Lembro-me de alguns como o Barroquinho, Barquinho’s Drink, Esquilo’s, Le Club, e o mais famoso de todos,“O Jogralâ€, do Luiz Carlos Paraná. Lá desfilavam ícones como Leila Diniz, Caetano Veloso, Chico Buarque, Jorge Ben, e a maioria dos músicos, que ao sairem de seus trabalhos iam dar uma “canjaâ€.
Ali nasceram várias Músicas de sucesso e até hoje cantadas na noite. Uma dessas foi composta pelo grande Jorge Costa.
Chico Buarque foi assistir à um espetáculo do próprio sambista. Ao deixar o local do evento, se dirigiu até um fuskinha verde que possuia na época para pegar seu viOlá£o e dar uma “canja” musical. Para sua surpresa, viu que seu viOlá£o havia sido subtraído.
Retornou rapidamente ao local do show e deu a triste notícia para todos. Não deu outra, Jorge foi para casa dormir, mas a noite toda ficou remoendo com o furto do viOlá£o de Chico e foi aí que compôs um dos mais belos sambas denominado “TRISTE MADRUGADA”, que impulsionou a carreira de vários artistas, entre eles, Jair Rodrigues.
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