A Cemig observou um aumento de 50% no número de clientes com serviço de energia interrompido por incidentes com pipas em maio, em comparação aos quatro primeiros meses de 2024. Em maio, quase 53 mil unidades consumidoras foram afetadas por 214 incidentes.

Nos primeiros cinco meses do ano, mais de 150 mil clientes da Cemig foram prejudicados por 672 ocorrências envolvendo pipas. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram registrados 289 incidentes, impactando 73 mil unidades consumidoras.

O engenheiro eletricista da Cemig, Demetrio Aguiar, alerta que soltar pipas deve ser feito em locais descampados e sem linhas cortantes para evitar acidentes e interrupções no fornecimento de energia. Ele destaca que a aproximação de pipas à rede elétrica é perigosa e pode resultar em acidentes graves.

Aguiar lembra que a intensificação dessa brincadeira ocorre a partir de junho devido ao aumento dos ventos e às férias escolares, potencializando o risco de acidentes e interrupções no sistema elétrico.

Além disso, resgatar pipas presas à rede elétrica é uma atividade perigosa que pode causar acidentes graves. A Cemig realiza campanhas de conscientização sobre os riscos de soltar pipas próximas às redes elétricas.

Linhas cortantes, como cerol e linha chilena, são proibidas por lei em Minas Gerais. Em maio, um homem de 23 anos morreu após ser cortado por uma linha chilena. A legislação impõe multas severas para a venda e uso dessas linhas.

Aguiar ressalta que o uso de cerol pode transformar a linha de papagaio em um material condutor, causando choque elétrico. Ele enfatiza que nunca se deve usar linhas cortantes, pois elas representam perigo tanto para quem brinca quanto para outras pessoas.

Fonte: Agência Minas.